As aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos foram precedidas por outras três aparições, durante a primavera e verão de 1916, do Anjo de Portugal, como se identificou na segunda vez que apareceu aos videntes.
A visão do Anjo foi entendida pelos três pastorinhos com que uma preparação para os encontros com Nossa Senhora, no ano seguinte. Nelas, o Anjo de Portugal, pediu a Lúcia, Francisco e Jacinta que orassem e fizessem sacrifícios, temas constantes em todas as aparições.
PRIMEIRA APARIÇÃO
A 13 de maio de 1917, Nossa Senhora pediu aos três pastorinhos que se deslocassem à Cova da Iria todos os dias 13, por seis meses consecutivos, à mesma hora. Nossa Senhora rogou às três crianças que rezassem o Terço todos os dias, para que o mundo conhecesse a paz, numa referência à Primeira Guerra Mundial, que viria a ter fim no ano seguinte - 1918.
SEGUNDA APARIÇÃO
Na segunda aparição, em junho, já acompanhados por cerca de 50 curiosos, os três pastorinhos recebem um novo pedido: Nossa Senhora quer que continuem a rezar o Terço e que aprendam a ler e escrever. É também durante a segunda visão da Virgem que os videntes ficam a saber que Francisco e Jacinta vão ter uma vida curta. Por outro lado, Nossa Senhora dá a conhecer a Lúcia a missão a que está destinada: dar a conhecer Nossa Senhora ao mundo e estabelecer a devoção ao seu Imaculado Coração.
TERCEIRA APARIÇÃO
Cerca de 5.000 pessoas juntaram-se aos três pastorinhos na Cova da Iria no dia 13 de julho. Na terceira aparição, a visão do inferno impressiona as três crianças. Nossa Senhora diz-lhes que a guerra vai acabar, no entanto avisa que um novo conflito terá inicio, no pontificado de Pio XI (1857-1939), caso a humanidade continue a ofender a Deus. Como forma de evitar essa guerra, Nossa Senhora antecipa que irá a Fátima pedir a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, bem como a comunhão reparadora nos primeiros sábados, prometendo a conversão da Rússia.
Nossa Senhora volta ainda a referir o Terço, pedindo que o façam em honra de Nossa Senhora do Rosário e promete um milagre em outubro, altura em que irá também revelar quem é.
O número de crentes e curiosos aumenta e no dia 13 de agosto, altura em que deveria acontecer a quarta aparição, juntam-se na Cova da Iria milhares de pessoas (cerca de 18.000 segundo alguns documentos sobre os acontecimentos de 1917). No entanto, nesse dia os pastorinhos não estiveram lá por terem sido levados para Ourém, para serem interrogados, local onde permaneceram até ao dia 15.
QUARTA APARIÇÃO
É a 19 de Agosto que acontece a quarta aparição da Senhora, desta vez nos Valinhos, onde os pastorinhos se encontravam sozinhos. A construção de uma capela na Cova da Iria e oração pelos pecadores foram os pedidos deixados pela Virgem aos pequenos videntes.
QUINTA APARIÇÃO
A 13 de setembro um novo anúncio: em outubro virão Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e S. José com o Menino Jesus, para abençoarem o Mundo.
SEXTA APARIÇÃO
A promessa de um milagre leva à Cova da Iria cerca de e 70.000 pessoas no dia 13 de outubro, dia em que as três crianças ficam a saber quem é a Senhora: “ – Que é que Vossemecê me quer? – Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar [ainda hoje] e os militares voltarão em breve para as suas casas.”
Após revelar quem é e de reforçar o pedido para que seja construída ali uma capela em sua honra, Nossa Senhora cumpre a promessa feita na aparição de junho: o milagre do sol. Depois de uma chuva torrencial, o sol irrompeu no céu, girando em movimentos de ziguezague, com luzes multicolores. Os relatos da época referem ainda várias curas milagrosas entre os presentes.
Voltar